QUATRO IMAGENS MAJESTOSAS DO HIPÓDROMO DA GÁVEA

por LUIZ EDUARDO LAGES

LUIZ EDUARDO LAGES

LUIZ EDUARDO LAGES


Vista do Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, Brasil, classificado entre um dos hipódromos mais importantes no vasto universo turfista, é também considerado por muitos especialistas internacionais como sendo o mais bonito do mundo

Vista do "Hipódromo da Gávea", Rio de Janeiro, Brasil, classificado entre um dos hipódromos mais importantes no vasto universo turfista, é também considerado por muitos especialistas internacionais como sendo o mais bonito do mundo.

 

Outra vista do Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, Brasil

Outra vista do "Hipódromo da Gávea", Rio de Janeiro, Brasil.

 

O belo e fascinante Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, Brasil. Atrás, a Lagoa Rodrigo de Freitas, podendo ver-se à direita, entre as montanhas, uma pequena parte de Copacabana e à esquerda o bairro de Botafogo, tendo ao fundo a Baía de Guanabara

O belo e fascinante "Hipódromo da Gávea", Rio de Janeiro, Brasil. Atrás, a Lagoa Rodrigo de Freitas, podendo ver-se à direita, entre as montanhas, uma pequena parte de Copacabana e à esquerda o bairro de Botafogo, tendo ao fundo a Baía de Guanabara. Pode-se observar com muita nitidez, ainda à esquerda, quase ao centro da foto, destacando-se das outras montanhas, o Pão de Açúcar, com sua forma característica que deu origem ao seu nome e uma localização estratégica, na entrada da baía, que o tornariam desde a fundação do Rio de Janeiro em 1565, em um dos mais importantes símbolos, não somente entre os muitos conhecidos da cidade em todo o mundo, mas sobretudo do país como um todo.

 

Vista aérea do majestoso Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, Brasil, com uma fotografia tirada nas proximidades do mirante do Corcovado, onde está a imagem do Cristo Redentor, que no alto de sua grandiosa obra de arte, fica há 710 metros de altitude acima do nível do mar. O Morro do Corcovado é o mais importante cartão postal da cidade e possivelmente de todo o país. De lá pode-se ver com destaque absoluto a grandiosidade e a suprema beleza do Jockey Club Brasileiro

Vista aérea do majestoso "Hipódromo da Gávea", no Rio de Janeiro, Brasil, com uma fotografia tirada nas proximidades do mirante do Corcovado, onde está a imagem do Cristo Redentor, que no alto de sua grandiosa obra de arte, fica há 710 metros de altitude acima do nível do mar. O Morro do Corcovado é o mais importante cartão postal da cidade e possivelmente de todo o país. De lá pode-se ver com destaque absoluto a grandiosidade e a suprema beleza do "Jockey Club Brasileiro" e sua aristocrática localização na Zona Sul da cidade, onde muitos turistas nacionais e sobretudo estrangeiros ficam impressionados com a beleza de seus traçados. Tendo ao lado o Oceano Atlântico e vizinho às mundialmente famosas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, portanto cercado de mar proveniente de fabulosos balneários localizados em bairros dignos de contos de fadas, o cenário é completo e perfeito para a localização ideal de um hipódromo com projeção internacional de primeira classe. Porém, como se tudo isto não bastasse, as quatro fotos acima (incluindo esta última), completam-se muito bem, senão vejamos. A encantadora lagoa ("Lagoa Rodrigo de Freitas") e rios provenientes de fontes cristalinas, que descem envoltos numa explendorosa e única flora e fauna situada no centro de uma cidade onde habitam milhões de pessoas. O encanto é incomparável em diversidade e ternura com qualquer outro hipódromo ou mesmo cidade do mundo. Quem voz escreve nasceu numa maternidade em Copacabana, porém cresceu e foi criado durante toda a infância e adolescência no Jardim Botânico, bem embaixo do braço direito da estátua do Cristo Redentor e tem orgulho de ter tido este privilégio. Antônio Carlos Jobim, o nosso eterno "Tom", imortalizou tão bem esta paisagem e o sentimento quase impossível de ser transmitido, chegando ao nível do sentimento que sentimos, com a célebre canção, uma bossa-nova, hoje um clássico da MPB intitulada "Corcovado", como não podia deixar ser. Acordo todos os dias com esta canção interpretada por João Gilberto e depois de ouvi-la vou à janela olhar o mundo e digo uma frase, título do primeiro sucesso literário em 1954, da então adolescente francesinha de 18 anos, Françoise Sagan, para a paisagem estéril de sempre: -"Bonjour Tristesse" ("Bom Dia Tristeza", em português ou se preferirem, "Hello, Sadness", em inglês). Na verdade Françoise Sagan escolheu este sugestivo título de um poema de Paul Éluard, "À peine défigurée," que começa assim: "Adieu tristesse/ Bonjour tristesse...". Portanto, foi derivado de um poema de Paul Éluard que inicia com a frase composta assim: "Adeus tristeza/Bom dia tristeza...". Não importa, Françoise Sagan marcou época em minha vida. A novela literária dela, sucesso literário em 1954, um "best seller", virou igualmente filme de sucesso em 1958, que teve como protagonistas grandes atores e figuras hoje mitológicas como Deborah Kerr, Jean Seberg e David Niven!

Voltando a nós, para logo depois voltarmos ao turfe, na verdade nua e crua, são verdadeira e literalmente duas formas de viver e estar na vida, a descontração natural e existencialista, muitas vezes surreal, que prevalece na maioria dos brasileiros e em boa parte da América do Sul e o ritmo do Norte e Nordeste da Europa ou da América do Norte. Cada lugar tem qualidades e defeitos e nem há necessidade de extender falando de outras civilizações também próprias, como a dos diferentes povos dos outros continentes, especialmente as diferenças existentes em diversos povos da África e da Ásia, mesmo em cada país e cidade. Temos sim, certeza absoluta, já que, se a ética e os direitos humanos de existir, consagrados pela lógica e pelas normas do bom senso em todas as épocas onde a lucidez esteve presente ainda não bastassem, está há muito cientificamente provado que as diferenças geram polêmicas, que, sempre fazem surgir novas idéias, garantindo a evolução, ao mesmo tempo que impossibilitam qualquer tipo de involução. E a sociedade tecnocrata, robotizada, obriga todos a alguma forma de auto-censura, que conduz ao bloqueio, uma espécie de castração figurativa, seja ela mental ou não. Sim, porque o ditado proveniente do latim "mente sana, corpus sanu" (derivando para o português: "mente sã, corpo são"), é uma conseqüência natural do estresse, da depressão e de todos os sinais negativos emitidos pelo cérebro, nosso músculo superior. Donde, para nós todos, a humanidade global por dentro no seu íntimo é filantrópica, seja consciênte ou não. Questão da própria matéria que somos. Portanto, estamos fartos, saturados de saber que as diferenças sempre serão nossa última esperança... Isto nunca justificará que uma ou outra pessoa deva usufruir de um cirscunstancial talento para explorar ou acumular valores que não lhes serão úteis, desfalcando outras pessoas. Afinal, tudo na vida é circunstancial e neste ponto se não fosse um existencialista, seria fatalmente mais um niilista. Ainda acredito na felicidade, mesmo que apenas cirscunstancial. No mínimo, chega a ser mais divertido quando, ao menos, entendemos os mecanismos do mundo.

Como escrevi para comprovar as diversas funções de utilidade inerentes na essência do turfe e estou comprovando, ao mesmo tempo, a utilidade, o prazer e o encanto do "Hipódromo da Gávea", além do bem que o turfe (cujo o fundamento é a criação e a evolução do PSI) pode trazer às pessoas em todos os níveis, do divertimento à cultura, voltamos ao assunto, meu tema de sempre e ficarei por aqui sobre os problemas existenciais que a humanidade está enfrentando, talvez como nunca antes. O certo é que mesmo consciente, comecei esta apresentação baseada na última das quatro lindas fotos de meu site sobre nosso campo de corridas e escrevi um outro Brasil, especialmente da Zona Sul do Rio de Janeiro dos anos 50 e 60 (não posso falar muito da realidade de hoje), mas tenho certeza que não haverá de ser esta fase da atualidade que iria retratar melhor o carioca ou qualquer brasileiro, em qualquer época de nossa história. O que sabemos ser trágico, é que um modo de viver predominante no momento, onde prevalece como nunca tínhamos visto, um egoísmo excessivamente mórbido, é a antítese da nossa única forma de viver, quando a filantropia natural seria a lógica e que teria de partir dela as normas do bom senso. Este humanismo que cada vez vai ficando mais utópico, nada teria ou poderia ter a ver com a hipocrisia que tem feito uso desta terminologia de forma tão falsa e desumana, a ponto de torná-la gasta, distorcida e até pejorativa, tomando uma forma que nunca saberemos explicar.

Dentro deste raciocínio, uma coisa é a forma e os problemas existentes pela luta desigual em busca de uma sobrevivência miserável. Outra coisa é ser miserável mesmo tendo à disposição todos os mais modernos recursos para não só sobreviver com dignidade, mas acima de tudo, viver muito bem, sem que nada existente na atualidade, esteja fora do alcance de cada um. Esta complexidade é completamente diferente da pobreza humana nos países menos desenvolvidos. Os problemas brasileiros, como por exemplo, a violência hoje em dia no Rio de Janeiro e também no resto do país, onde a guerra urbana (na verdade uma guerra civil há anos) tornam estes problemas insolúveis a curto prazo. É inadmissível alguém pretender comparar com a violência gratuita das cidades do norte da Europa, quando, apesar de tudo, todos têm acesso à tudo que uma pessoa normal precisa, como o alcance à razoável fontes de informações, para que saibam, pelo menos, como estão enquadrados na sociedade e em que setor podem e devem acreditar. Até para poder ser útil à eles mesmos, como cidadãos e, ao mesmo tempo, serem úteis à sociedade em geral. Além, é claro, do prazer de entender o que está se passando em sua volta e ter muito mais recurso para evitar se expôr ao ridículo ou à exploração de alguém. É básico para não tão somente sobreviver, mas para um dia ter chance real de viver bem sem que falte nada de essencial para o bem estar e para a saúde, no mínimo individual e familiar. Quando ainda assim, a ganância, o egoísmo e o sadismo prevalecem, o que poderíamos esperar? Hoje em dia, muito pouca coisa.

Independentemente de tudo, é obrigatório para quem vive ou passa pelo Rio de Janeiro, conhecer o "Hipódromo da Gávea". Seja qual for o gosto ou amor pelos cavalos de corrida, os jardins, como o "Paddock", para citarmos um ótimo exemplo, articulado e desenhado por um grande e saudoso filantrópico como foi o homem que soube usar o seu gênio intelectual para construir, nosso grande e histórico paisagista Burle Marx. Foi ele quem criou os espaços agradáveis que um turfista pode desfrutar e até levar tranqüilamente sua própria família e melhores amigos. Poder ver as hoje em dia raras arquibancadas, estilo Louis XVI, respirar o ar puro que quase não respiramos mais nos centros urbanos, porque dificilmente encontramos espaços abertos atualmente, pois falta pureza em praticamente tudo que se faz ou buscamos.

Finalizando, visitar o "Hipódromo da Gávea", é sobretudo reencontrar na tranqüilidade existente, essencial para o bem estar de cada um, o descanso necessário, fazendo um programa ao ar livre, fundamental a todos, principalmente aos habitantes das grandes metrópolis. Contando com um meio ambiente que faz bem à qualquer pessoa, não importando estar acostumada com o frio, mesmo intenso, caso esteja de passagem e viva até numa zona polar, seja no hemisfério norte ou sul, ou, se for o caso, geralmente mais encontrado nos brasileiros, for uma pessoa acostumada aos requintes tropicais, tendo os mesmos costumes, não importa. Terá momentos de felicidade e sentirá um prazer que está ficando cada vez mais raro na grande maioria dos lugares de divertimento e lazer. Voltará a sentir o clima e a vegetação ideais para dar à seus filhos uma outra ótica do mundo e mostrar as vantagens de se viver nos trópicos, ou na zona da linha do equador. Enfim, é interessante ao menos uma visita e, para se fazer isto, não é preciso, nem tampouco deve-se apostar. Qualquer cafezinho ou chá salvará o dia. E para quem gosta de um restaurante na cidade, elegante e com o ar puro do interior, tendo o mais importante que é uma boa e saudável comida, não haverá programa melhor.

TEXTO DE LUIZ EDUARDO LAGES

LUIZ EDUARDO LAGES

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